quarta-feira, 16 de março de 2011

Desvende os mitos e verdades sobre a conjuntivite

Inflamação altamente contagiosa é de fácil tratamento, mas fuja dos "truques"

Surtos de conjuntivite são comuns no verão e, em especial, em locais com grandes aglomerações, dado ao seu grande potencial de contágio. A inflamação da conjuntiva - revestimento fino e transparente que cobre a parte posterior da pálpebra - pode ocorrer por uma série de motivos. Seja o contato com um dos vírus - existem mais de 12 -, ou por bactérias ou fungos.
Segundo a oftalmologista Rachel Gomes Nery, da clínica Cerpo, em São Paulo, o surto presenciado nesse verão, com aumento no número de casos no Carnaval, indica que há uma nova versão do vírus circulando pelo país. Isso quer dizer que muitas pessoas não estão imunes a ele, o que justificaria a proliferação de casos.
Apesar de ser facilmente tratada - bastar usar colírios específicos e compressas - muitos insistem em usar métodos caseiros para tentar curar a inflamação.  Um erro, de acordo com a médica.
Abaixo, tire as dúvidas mais comuns sobre a conjuntivite.

Descubra os mitos e verdades sobre a conjuntivite 

Mitos:   Verdades:
É verdade que se colocar uma moeda no olho melhora?

Mito. O objeto metálico nada tem a ver com a melhora do quadro inflamatório.
  É verdade que existem diferentes tipos de conjuntivite?

Verdade. Existem ao menos 12 tipos de vírus da conjuntivite e outros podem surgir a partir de mutações sazonais. A conjuntivite pode ainda ser transmitida por bactérias e fungos. A inflamação ocorre facilmente por meio do contato entre pessoas ou pelo manuseio de objetos de quem já está infectado.
Se eu esfregar uma aliança de ouro no olho, é verdade que a conjuntivite some?

Mito. Esse hábito é eficaz apenas em casos de terçol (inflamação de uma ou mais glândulas situada na extremidade da pálpebra que formam uma ferida com pus). Mas usar compressas quentes é mais eficaz, pois o calor ajuda a romper e drenar o pus da ferida.
  A conjuntivite é mais comum no ver?o?

Verdade. O calor e a umidade propiciam a transmissão do vírus. Mas surtos podem e costumam aparecer em outras estações do ano também.
Pode trabalhar com conjuntivite?

Mito. Só se o trabalho for realizado em casa. Como é de fácil transmissão, pode infectar os colegas.
  Se uma pessoa tocar ou usar objetos de pessoas, pega?

Verdade. Isso só não acontece entre pessoas que estão imunes ao vírus de contato, ou seja, que já desenvolveram a infecção uma vez. Se tiver contato com uma variação do vírus, no entanto, terá grande chance de se infectar.
Pingar leite materno cura conjuntivite em recém-nascidos?

Mito perigoso. O uso das duas substâncias é contraindicado pelos médicos. O leite materno não faz mal, mas também não é indicado de forma alguma para esse tratamento. O leite materno vindo de outra mulher, que não a mãe, pode conter outros vírus capazes  de ser transmitidos pelo bebê.
  O vírus da conjuntivite permanece nos óculos?

Verdade. O vírus fica nos óculos porque é um objeto da pessoa. Mas basta higienizá-lo com álcool gel para matar o vírus. Separar objetos e evitar coçar os olhos e, em seguida, tocar em objetos, evita a transmissão. Lavar constantemente as mãos é uma forma de evitá-la também.
Já a água boricada pode curar a conjuntivite em bebês?
A água boricada também não é indicada para recém-nascidos, nem mesmo para adultos. O tratamento de inflamações oculares deve ser feito apenas com colírios específicos.
  Usar óculos escuros ajuda?

Verdade. A luz estimula o lacrimejamento dos olhos. Como eles já estão doloridos por causa da infecção, a produção de lágrimas aumenta a sensação de dor. Os óculos escuros diminuem a claridade, aumentando a sensação de conforto.
Criança com conjuntivite tem que usar colírio mais fraco do que o dado em adultos?

Mito. O tratamento para conjuntivite é o mesmo para crianças e adultos.
  Quem está com conjuntivite tem que ficar em casa?

Verdade. É o ideal, já que a inflamação é altamente contagiosa. A pessoa infectada deve evitar ir a locais com aglomerações, como cinema, shoppings, e, sobretudo, andar de metrô e ônibus.
Fonte: Camila Neumam, R7

terça-feira, 15 de março de 2011

CRBM insiste na fixação de 4 mil horas nos cursos de Biomedicina

Em consulta pública, o Conselho defende a revisão da Resolução nº. 4 do Conselho Nacional de Educação do MEC.
Na consulta pública realizada pela Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE) do Ministério da Educação a respeito de "Convergência de denominação de Ciências Biológicas e da Saúde" e do "Referencial dos cursos de Ciências Biológicas e da Saúde", o Conselho Regional de Biomedicina - 1ª Região deixou claro que há necessidade mínima de 4 mil horas para o curso de graduação em Biomedicina, não bastando as 3.200 horas estabelecidas pela Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação.
"Para a formação do egresso com o perfil delineado (no Referencial de Biomedicina) e para que sejam contemplados, com qualidade, os temas abordados na sua formação, recomenda-se, no mínimo, 4 mil horas de curso", considera a Comissão de Ensino e Docência do CRBM, que assina o documento entregue ao CNE, ao preencher o item "infraestrutura recomendada" da consulta pública.
A Comissão de Ensino e Docência do CRBM vai além e pleiteia a alteração da carga horária mínima estabelecida pelo CNE: "Se faz necessária a revisão da Resolução nº. 4/2009 da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, que definiu como 3.200 horas a carga horária mínima dos cursos de Biomedicina." 

Temas abordados na formação:
Acupuntura, Análise Ambiental, Anatomia, Bioestatística, Bioética, Biofísica, Biologia Celular e Molecular, Bioquímica Básica e Clínica, Biossegurança, Biotecnologia, Bromatologia, Citogenética, Citologia, Citopatologia, Coleta Biológica, Deontologia, Diagnóstico por Imagem, Epidemiologia, Docência em Saúde, Embriologia, Ética e Legislação, Farmacologia, Física, Fisiologia, Genética, Gestão de Serviços de Saúde, Hematologia Básica, Hematologia Clínica, Hemoterapia, Histologia, Imunologia Básica e Clínica, Informática, Instrumentação Laboratorial, Laboratório Clínico, Metodologia do Trabalho Científico, Microbiologia Básica, Clínica e de Alimentos, Parasitologia Básica e Clínica, Patologia, Perícia Criminal, Psicobiologia, Química, Reprodução Humana, Saúde Pública, Sociologia, Toxicologia.
Áreas de atuação:
O Biomédico atua em: Laboratórios de Análises Clínicas,Biologia Molecular, Genética, Citogenética, de Análises Ambientais e Físico-Químicas, Bromatológicas,Toxicológicas, e de Apoio a Transplante de Órgão; Gestão da Saúde Pública e Serviços de Saúde, hospitais, instituições de ensino, institutos de pesquisas e investigação criminalística, indústrias de insumos e diagnósticos,de bioinformática e alimentos; bancos de materiais biológicos, de sangue e de hemoterapia, centros de reprodução humana, de diagnóstico por imagens e medicina nuclear; em escolas e clínicas de acupuntura, suporte a centros cirúrgicos, em centros de pesquisa clínica, serviços de vigilância sanitária, zoonose, análises clínicas veterinárias, centros de medicina desportiva e imunização, produção de vacinas.
Infraestrutura recomendada:
Laboratório de Anatomia, de Citologia e Histologia; Laboratórios de Microbiologia, Imunologia, Hematologia, Bioquímica, Parasitologia, de Práticas Clínicas, de Análise de Alimentos, de Análises Clínicas e Análises Clínicas Veterinárias; Laboratório de Fisiologia; Laboratório de Química e Bioquímica, Laboratório de Biologia Molecular, Laboratório de Multimídia. Laboratórios de Fisiologia, Farmacologia e Biofísica. Para a formação do egresso com o perfil acima delineado e para que sejam contemplados, com qualidade, os temas abordados na sua formação, recomendam-se, no mínimo, 4.000 horas de curso. Logo, se faz necessária a revisão da Resolução nº 4/09 da CES/CNE, que definiu como 3.200 horas a carga horária mínima dos cursos de Biomedicina. LEGISLAÇÃO PERTINENTE Lei 6.684 e 6.686/1979. Decreto 88.439/1983.


Fonte: CRBM

domingo, 13 de março de 2011

Biomedicina e Perícia Criminal

Perícia
O QUE É?
PERITO CRIMINAL é o policial a serviço da justiça, especializado em encontrar ou proporcionar a chamada prova técnica ou prova pericial, mediante a análise científica de vestígios produzidos e deixados na prática de delitos. As atividades periciais são classificadas como de grande complexidade, em razão da responsabilidade e formação especializada revestidas no cargo.
O Perito Criminal estuda o corpo (ou objeto envolvido no delito), refaz o mecanismo do crime (para saber o que ocorreu), examina o local onde ocorreu o delito e efetua exames laboratoriais, entre outras coisas.
INGRESSO
O cargo de Perito Criminal ou Criminalístico (podendo ser estadual ou federal) exige formação de nível superior em qualquer área do conhecimento, sendo que algumas Polícias exigem formação específica, como por exemplo, Biologia, Farmácia, Química, Biomedicina, Engenharias, Física, Matemática, dentre outras. Já o cargo de Perito Legista geralmente subdivide-se em Perito Médico-Legista (cargo privativo de médico) e Perito Odonto-Legista (cargo privativo de dentista). Os Peritos Criminais geralmente trabalham em locais de crime e nos Institutos de Criminalística, enquanto os Legistas geralmente trabalham nos Institutos Médicos Legais (IMLs).
“A perícia criminal encontra-se atualmente em processo de expansão no Brasil, com início de valorização por parte das autoridades, mas em curso demasiadamente lento, o que faz com que o Perito Criminal ainda seja visto através de uma fachada de filmes de Hollywood, o que não se aplica à realidade brasileira.”
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GENÉTICA E BIOLOGIA FORENSE
A genética e biologia forense é uma das áreas da ciência forense, que utiliza os conhecimentos e as técnicas de genética e de biologia molecular, para apoiar e auxiliar a justiça, a desvendar casos sob investigação policial e/ou do Ministério Público. Esta área é também conhecida com DNA Forense.
PARA QUE SERVE?
Esta área do saber é muito importante para ajudar a desvendar casos que, de outro modo, jamais seriam resolvidos.
No caso de um homicídio, por exemplo, equipes de especialistas deslocam-se ao local do crime, recolhem vestígios considerados importantes, como fragmentos de pele do agressor, pêlos, cabelos, manchas de sangue, entre outros, protegendo tudo o que possa ser passível de destruição.
Os Biomédicos limitam-se a analisar fatos, com base nos conhecimentos e rigor científico, e a elaborar relatórios para apreciação dos tribunais, que decidirão depois de confrontados outros meios de prova.
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Ao serviço de genética e biologia forense compete-lhe a realização de perícias e exames laboratoriais de:
• Hematologia forense;
• Vestígios orgânicos como manchas de sangue encontradas nos locais dos crimes, de sêmen deixado nas vítimas de crimes de natureza sexual, de pêlos ou cabelos suspeitos de pertencerem a criminosos);
• Identificação biológica de parentesco (identificação de paternidade ou maternidade, entre outros);
• Identificação genética individual (identificação de um corpo ou fragmentos de um corpo);
VANTAGENS DA ANÁLISE FORENSE POR DNA
- Pode ser feita em qualquer fonte de material biológico.
- Sensibilidade do exame;
- Estabilidade perante aos fatores ambientais devido à robustez da molécula de DNA e à sua resistência a ácidos e bases;
- Possibilidade de separar o DNA de uma célula espermática de qualquer outro DNA celular, o que acontece nos casos de violação onde há presença de sémen e outros líquidos corporais.
REMUNERAÇÃO
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O salário médio de um Perito Criminal em início de carreira no Brasil é de R$ 4.492,52 - sendo o menor salário o pago pelo Estado do Espírito Santo (R$ 2.363,11) e o maior salário o pago pela Polícia Federal (R$ 12.992,70). Por ser uma carreira de nível superior tanto quanto a de Delegado de Polícia, há tempos os Peritos Criminais defendem a isonomia salarial e funcional entre as carreiras.
Atualmente quatro Polícias brasileiras possuem o mesmo salário para as carreiras de Perito e Delegado: a Polícia Federal, a Polícia Civil do Distrito Federal, a Polícia Civil de Rondônia e a Polícia Civil de São Paulo.



Fonte: biomedicinapadrao.blogspot.com